Modais de Transporte Urbano
Os modais de transporte consistem na maneira pela qual é feita a logística de pessoas ou de bens de um lugar para outro. Em todo o mundo, existem cinco modais de transporte: o ferroviário, o rodoviário, o hidroviário, o dutoviário e o aeroviário.
Quais são os modais de transporte no Brasil
Em se tratando dos modais de transporte no Brasil, pode-se dizer que o país conta com todos esses modelos, embora alguns sejam mais ou menos utilizados que os demais. O modal dutoviário, por exemplo, é o mais incipiente entre todos os modais de transporte no Brasil. Ele é utilizado principalmente para o transporte de substâncias líquidas ou gasosas, como é o caso do gás natural.
O modal hidroviário, por sua vez, corresponde ao transporte feito por navios. Ele é muito importante para as importações e exportações brasileiras, transportando todo tipo de produto, desde minérios e grãos até carnes e equipamentos tecnológicos. Outro modal é o aeroviário, ainda pouco utilizado para o transporte de mercadorias no Brasil, mas em fase crescente em se tratando da logística de passageiros.
Já o transporte ferroviário tem sido cada vez menos utilizado, apesar de ter grande importância para o desenvolvimento do país no passado. Hoje, ele tem maior participação no transporte de minérios e, somado a isso, faz parte do transporte urbano de algumas cidades pelo Brasil.
Por fim, o transporte rodoviário é amplamente usado no país, uma vez que é por meio das rodovias que se dá a maior parte da logística de distribuição de mercadorias. Além disso, o transporte coletivo também ainda é muito realizado por meio das rodovias.
E falando nisso, o modal rodoviário possui diversos meios para o transporte de pessoas nas cidades. Um exemplo é o BRS (Bus Rapid Service), que consiste em um corredor exclusivo para ônibus, fazendo com que o transporte coletivo seja prioridade no trânsito e ganhe velocidade. Com baixo custo de implementação, é uma alternativa utilizada em várias médias e grandes cidades brasileiras.
Outra modalidade é o BRT (Bus Rapid Transit), modelo no qual os ônibus trafegam em corredores exclusivos ou em vias elevadas distanciadas das demais vias, o que oferece mais rapidez e fluidez aos ônibus do transporte público. Essa alternativa exige mais investimentos e planejamento para a criação de corredores exclusivos, mas o ganho em velocidade é ainda maior que no BRS.
O VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) é outra opção entre os modais de transporte urbano. Trata-se de uma espécie de bonde sobre trilhos que tem capacidade para até quatro vezes mais passageiros do que os ônibus, além de ser menos poluente e mais silencioso e automatizado.
Já o VLP (Veículo Leve Sobre Pneus) é muito semelhante ao VLT, com a diferença de que, em vez de andar sobre trilhos, se locomove com pneus guiados por um trilho central sobre o pavimento.
Por fim, o metrô é uma das opções mais comuns nas grandes cidades brasileiras. Com via da passagem exclusiva, os vagões ganham velocidade e são capazes de transportar centenas de pessoas de uma só vez.
Sobre os diferentes tipos de transporte urbano, vale conhecer o projeto Pioneiros do Transporte, que retrata e evolução do transporte público no Rio de Janeiro desde a sua origem até os dias atuais.
A importância da integração entre diferentes modais
Contar com todos esses modais de transporte urbano e, principalmente, com uma boa integração entre todos eles, é determinante para a mobilidade urbana, uma vez que os passageiros conseguem chegar mais rápido aos seus destinos e o trânsito ganha mais fluidez nas cidades.
“A oferta de mobilidade é cada vez mais sofisticada e plural, o desafio de operadores e autoridades é construir modelos de governança que preservem a missão da mobilidade urbana, servir ao bem público, mas sem perder a perspectiva do negócio”, avalia o empresário do setor de transportes Jacob Barata Filho.
Com uma rede integrada e multimodal, é possível ampliar o acesso à cidade, fazendo a conectividade entre diversos bairros, o que, inclusive, ajuda a impulsionar a economia. “Neste cenário de super conexão o transporte público precisa se humanizar, o setor precisa se adaptar a um ambiente em transformação acelerada e contínua, determinado pela evolução das expectativas do cliente e pelas mudanças tecnológicas”, diz Jacob Barata Filho.
Aliás, vale ressaltar que a integração entre os modais de transporte contribui até mesmo para a saúde mental dos cidadãos, uma vez que o acesso ao transporte coopera para que as pessoas tenham mais oportunidades e que a fluidez do trânsito diminui o tempo gasto entre os deslocamentos, oferecendo mais tempo para outras atividades.